sexta-feira, 3 de julho de 2009

Fazendo as malas

Se o destino é gelado, força nos casacos. Se o destino é a praia, roupa de banho. Mas e se a viagem tem um pouco de tudo? Fazenda com piscina? Praia com trilha na mata? Pistas de esqui com um resort quentinho para brincadeiras? O segredo para não enlouquecer na hora de fazer a mala é combinar peças e cores. Distribuir as roupas em cima da cama - e pensar: vai dar tempo de usar tudo isso? Preparamos aqui uma lista básica para encher a mala na medida, para sete dias de viagem.

- Dois moletons, uma calça mais arrumadinha, uma calça jeans;
- Três bermudas de tecido (uma mais chique), de preferência sem estampa;
- Três shorts de piscina, bem coloridos, para efeito de foto;
- Sete camisetas de manga curta - metade estampada, metade lisa;
- Três blusas de manga comprida;
- Duas camisetas sem manga;
- Uma jaqueta de tecido, um casaco de moleton e conjunto quentinho por dentro e impermeável por fora para dias de chuva
- Um pijama de manga comprida (tem sempre um ar condicionado no quarto);
- Sete pares de meia, sete cuecas;
- Um boné;
- Um tênis resistente, uma sandália estilo Croc, um par de Havaianas.

Para os bebês:

- Além da lista acima, acrescentar um pijama extra, babadores, mantinhas, fraldinhas de boca;
- Sabão em pó ou líquido em um recipiente pequeno para lavar peças indispensáveis;
- Brinquedinhos mais queridos;
- Se acabou a fase, super prática diga-se de passagem, da amamentação exclusiva (comida pronta, quente e disponível), vocês estão na etapa das "papinhas". Sobretudo em viagens internacionais, a sugestão é abusar sem culpa dos potinhos de comida pronta. Cansei de levar vidrinhos em sacos plásticos dentro da mala. E quando chegava ao destino, abastecia o estoque na farmácia ou mercado mais próximo.

Mas atenção que aconteceu: em uma viagem aos EUA, o João estranhou o gosto da papinha "estrangeira". E a cara feia do filhote para a sopinha foi a maior saia justa. Por isso, avalie bem a quantidade que vai levar do Brasil - o excesso de peso na bagagem às vezes (muitas em viagens com crianças) compensa.

E mais:

- Capriche na farmácia. Repelente, filtro solar, algumas medidas de leite em pó, band-aid, remédios para emergência. Antibiótico é uma boa pedida (fora do país só se compra com receita médica). Sobre este tema, o melhor conselho é: levar tudo. Ocupa bastante espaço, tem risco desagradável de vazar, mas com crianças tudo pode acontecer.

- Não deixar para fazer a mala em cima da hora. Planeje, faça alterações, tire uma blusinha aqui, inclua uma calça ali. Reflita bastante sobre possibilidades. Menos é menos mesmo neste quesito. Não adianta ser chique e econômica no tamanho da mala e depois se arrepender por ter deixado aquela peça "coringa" no armário. Calcule várias trocas porque lavar roupa em viagem não está com nada.

- Mochilas para o dia-a-dia são sempre ótima opção. Saídas e chegadas com crianças são sempre mais confusas que o habitual. Viajando com o João, fui roubada duas vezes em Londres e uma em Miami, além de perder vários itens em outras ocasiões por pura distração. Mesmo porque nossas atenções estão sempre voltadas para o item mais precioso de todos, nosso filho, claro.
- Seguro de viagem é às vezes uma opção bacana. Existem vários tipos que cobrem perdas de bagagem, consultas a médicos e dentistas. Consulte seu agente de viagens e pense no assunto.

segunda-feira, 29 de junho de 2009

Aviso aos navegantes

Existem pessoas que são apaixonadas por cruzeiros. Mas há também quem não suporte a idéia de passar sequer horas, o que dirá então DIAS a bordo de um navio em alto-mar. No entando, as viagens marítimas precisam ser consideradas na hora de marcar suas férias. Imagine ter toda a infra-estrutura dos resorts mais incríveis do mundo com a vantagem de estar sempre em movimento e de atracar em lugares diferentes, belíssimos? Como o assunto é polêmico, preparamos uma outra listinha com prós e contras para ajudar a decidir se vale ou não embarcar nesta aventura com a família.

Prós:

- Você encontra de tudo um pouco em um só lugar. Comércio, cardápios variados, academias de ginástica, áreas de lazer, salas de jogos, brinquedoteca, piscinas pequenas, médias, grandes, aquecidas, de água do mar, parede de escalada, minigolf, colônias de férias completas e muito mais.

- Um cruzeiro é ótimo para quem deseja se desligar dos problemas e stress do dia-a-dia. Uma deliciosa sensação de liberdade. Clima de férias e diversão total, o tempo todo.

- Depois cruzar de alguns dias com as mesmas pessoas, surgem amizades. Para filhos únicos, é uma bela oportunidade de ter outras crianças para brincar.

- Os funcionários que cuidam da sua mesa no restaurante e da sua cabine são sempre os mesmos. Pessoas extremamente gentis, atenciosas, dispostas a tudo para proporcionar a você e sua família as "melhores férias de todos os tempos".

- Todas as noites, o camareiro deixa um jornal informativo com a programação do dia seguinte, capaz de agradar a todos os gostos e idades.

- A palavra "diversão" é repetida como um "mantra" e você acaba se deixando levar pelo clima. E é para toda a família mesmo. Aulas de culinária ou esculturas de gelo, tratamentos de beleza, leilões de arte e shows de música ou dança no grande teatro do navio. Para quem gosta de arriscar a sorte, um imenso cassino.

- A programação noturna para os pais é intensa com boates, bares e bons filmes na telona.

- Para os papais aproveitarem a "night", se for o caso, a maioria dos navios costuma contar com serviço de baby-sitting que funciona normalmente até bem tarde.

- Para os pequenos, recreadores organizam da manhã à noite caças ao tesouro, bailes de máscaras, festas temáticas. Para a família curtir junta, jogos e brincadeiras nas piscinas, bingo, karaokê. É só escolher!

- Antes de desembarcar nas praias, você pode agendar os passeios que deseja fazer de dentro do próprio navio. Pode ser um pouco mais caro, mas é garantia de um tour com segurança e tranquilidade, principalmente se você estiver viajando com crianças pequenas.

- A alimentação normalmente está incluída no cruzeiro. Todas as refeições têm hora marcada e são de ótima qualidade, mas existem ainda restaurantes onde você pode fazer pequenos lanches ou pedir um "fast food" a qualquer hora do dia. Doces, bolos, sorvetes, hot-dogs, batata frita a vontade fazem um sucesso incrível com a garotada. (É, não espere assim... um menu muito saudável, não!)

- Muitos cruzeiros oferecem descontos especiais para crianças que estejam dividindo a cabine com dois adultos.

Contras:

- Passar vários dias a bordo de um navio em alto-mar pode realmente acordar a claustrofobia que existe em cada um de nós. As cabines costumam ser pequenas. E, se você é daqueles que sentem náuseas só de imaginar o balanço das ondas, melhor repensar se um cruzeiro é mesmo uma boa opção.

- Você pode enjoar também de cruzar todos os dias com as mesmas pessoas e achar meio constrangedor ter que se sentar todas as noites com os mesmos casais. Sim, em alguns cruzeiros, as mesas são escolhidas pela empresa. Em outros, os lugares não são marcados.

- O ritmo nem sempre é o seu. As paradas em praias e portos são bem mais curtas do que deveriam. Muitas vezes gostaríamos de conhecer melhor algumas ilhas, ou quando estamos no ponto alto de algum passeio, precisamos voltar correndo antes de o navio levantar âncora.

- Para os desavisados, as gorjetas as vezes podem pegar de surpresa ao fim do cruzeiro.

- A língua pode ser um contratempo se seu filho não fala inglês, por exemplo. A colônia pode não funcionar 100%.

- O cruzeiro, para alguns, é a realização de um sonho. Então, o clima de festa a bordo pode incomodar aquele que mais quer descanso, silêncio.

Dicas:

- Avalie bem a duração do cruzeiro. Para muita gente, um período de três dias será pequeno para desfrutar de toda a infra-estrutura do navio.

- Pesquise bastante os preços, que podem variar muito de uma companhia para outra, e principalmente o itinerário que mais vai agradar a sua família. Existe um cruzeiro para cada perfil. Uns mais "família", outros mais "fun and party".

- Convém escolher bem a data, para evitar períodos de chuvas/furacões e para não se surpreender e encontrar jovens americanos fazendo bagunça de sol a sol no feriado deles.

- Os navios são bastante seguros, mas, com crianças muito pequenas, melhor evitar cabines com varandas.

- Consulte o capítulo "O que levar - praia", e ótima diversão!

domingo, 28 de junho de 2009

Chica-Go Kids!

Assim como há quem diga que Praga parece uma mini-Paris, eu diria que Chicago é uma mini-Nova York. Por isso, não torça o nariz caso alguém, algum dia, proponha uma viagem até Illinois. A "windy city" é gelada no inverno, sim, mas é charmosa o ano inteiro, sendo reconhecida mundialmente como uma capital da arquitetura, onde é possível admirar mais de seis mil esculturas ao ar livre: Alexander Calder, Miró, Henry Moore, Pablo Picasso.

E o que é que criança tem a ver com isso? Surpreenda-se! O Luca conheceu Chicago em novembro de 2005, aos três anos. Apesar do frio esperado para a época, aproveitamos muito, a começar pelo metrô de superfície que percorre toda a cidade, com destaque para o Loop - o centro histórico com seus lindos prédios art-deco. Olhar para dentro dos escritórios, imaginar a vida daquelas pessoas desconhecidas, ah, quem não gosta?

Chicago é uma cidade bem planejada com 37 quilômetros de costa à beira do Lago Michigan. Prata da casa é o Grant Park, uma aglomeração de parques, atrações, museus, pavilhões para shows, bem de frente para a água. Um dos pontos de partida para um passeio pela região do lago é o Millenium Park, aberto com um certo atraso, em 2004, bem perto do riquíssimo Instituto de Artes de Chicago.

O Millenium tem três atrações especiais: o pavilhão Pritzler, a Crowne Fountain, de um artista contemporâneo de Barcelona, e a Cloude Gate, uma escultura prateada, em forma de grão de feijão, de cem toneladas de aço, criada pelo indiano-britânico Anish Kapoor, de onde se vê todo o skyline da cidade e o reflexo de caretas incríveis de nossos filhos. Ali pertinho, a família pode se distrair com o minigolfe Green at Grant Park.

Ok, seu filho quer algo mais pop? O Navy Pier também fica relativamente perto, para quem gosta de caminhar. Trata-se de um pavilhão imenso com parque de diversões bem comercial e um pouco kitsch, com apresentações de circo, queima de fogos de vez em quando e uma roda gigante construída em 1893, com o equivalente a 15 andares de altura. Dá para imaginar a vista de Chicago? Sete minutos de contemplação e adrenalina! Antes de prosseguir, sugiro um café no Starbucks ou um sorvete no Ben & Jerry - duas tradições americanas.

Outra opção de passeio, para agradar de cara a criançada, é visitar o Field Museum, o museu de história natural de Chicago, onde a grande atração é, claro, Sue - o maior e mais bem preservado fóssil de tiranossauro-rex do mundo, apresentado em 2000. Que criança não gosta de dinossauros?

Em frente ao Field Museum, fica o Shedd Aquarium - onde você vai encontrar de tudo, de Amazônia artificial a baleias, golfinhos, peixes de todos os tipos e inúmeras atividades interativas. No verão americano, imaginem só, tem sessões de jazz dentro do prédio, com a vista para a cidade através de um janelão de vidro. Não é uma forma excelente de descansar os pés e os ouvidos?

Não será exagero dizer que o Homem-Aranha adoraria Chicago. Entre nessa escalada com seus filhos. A cidade é marcada por arranha-céus, como as famosas torres Sears e John Hancock. A primeira se orgulha de ter o observatório mais alto de Chicago: 412 metros de altura. A segunda diz ter o elevador mais rápido dos EUA: 600 metros por minuto, para o visitantes subir os 94 andares. Dizem, não conferi, que uma brincadeira sugerida é contar as vinte piscinas em topos de prédio que se podem ver.

E tem muito mais. Vou pesquisar melhor:

Frank Lloyd Wright
Drury Lane Theaters ? (meio broadway?)
Loja Hersheys de 360 metros quadrados.
Chicago Water Tower, que resistiu ao grande incêndio de 1871, é um símbolo da reconstrução da cidade que, segundo os locais, vive se reinventando.
Oak Street Beach
American Girl Place
Lincoln Park Zoo
Chicago University
Passeio de barco pela architecture.org
Adler Planetarium

Luca em Chicago: novembro de 2005