quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

Em Foz com Luca e Diana

Quando escolhi em junho viajar para Foz do Iguaçu antes do Natal, comprei passagens para meus filhos e meu marido. No meio do caminho, pintou uma festa de família para o Lúcio e eu acabei embarcando para Foz sozinha, com nossos pequenos de 9 e 5 anos. E não é que o fim de semana de 17 de dezembro foi intenso e maravilhoso...! 


Entre muito o que aprendi, duas lições: pesquisar compensa muito e cuidar de dois sozinha não é nenhum bicho de sete cabeças. Antes mesmo de voltar pra casa, preparei uma lista que gostaria de dividir aqui porque, afinal, Foz é um show para todas as idades.


Dicas fundamentais:

- Levar ou comprar capa de chuva
- Comprar ingresso Parque das Cataratas via internet
- Levar documentos com fotos das crianças e autorização do pai ou da mãe se quiser cruzar fronteira
- Chegar ao aeroporto de Foz com folga por causa da revista nas malas e da checagem de  documentos, afinal, há muitos vôos internacionais chegando e partindo.

Hotel Panorama - meio caro para o que é. Está decadente, tem zero charme, mas é limpo, tem uma bela piscina e uma ótima localização. Tarifa: diária de R$278 para um adulto e duas crianças, com café e jantar. (Ambos, corretos.)

Parque aquático - para o dia da chegada e/ou para depois dos passeios. O hotel Panorama fica ao lado do Acquamania, um parque aquático antiguinho, bem simples, que agradou em cheio as crianças. Seis tobogãs, sendo que o mais alto tem 22 metros e de lá o Luca não saiu. Diana também aproveitou tudo o que tinha direito. Uma chatice: o lugar tem abelhas que amam refrigerantes e lanches. Preço: R$ 50 por família hospedada no Panorama (vale para toda estadia) ou R$ 40 por dia para pessoas com mais de 12 anos. Leve sua própria toalha e não espere nenhuma pirotecnia, o parque é de cidade do interior, lembre-se. Eu adorei o www.Acquamaniafoz.com.br.

Parque das Aves: não sei se é a idade ou se são os filhos, mas dei pra gostar de apreciar bichos. Pássaros, então! Luca, de 9 anos, diz que esse foi o passeio mais legal de Foz. Ele fez carinho em tucanos, araras e papagaios, chegou bem perto de tudo. Diana, de 5 anos, ficou mais reservada, mas adorou entrar nas gaiolas gigantes, observar os flamingos e as borboletas. O parque, com 1000 aves e 130 espécies fica antes das entrada das Cataratas. Os guias sugerem fazer a visita pela manhã, eu gostei mais da tarde. É tão zen o lugar, que compensa o cansaço provocado pelas emoções do Parque das Cataratas. Entrada para o www.parquedasaves.com.Br: R$ 18 por adulto.

Parque das Cataratas: a excelente organização do parque lembra Bonito ou aqueles lugares de primeiro mundo que a gente tanto admira. O ingresso dá direito ao transporte dentro do parque (cada ônibus leva o nome de um bicho da fauna local), vetado aos carros comuns. Dica fundamental: compre ingresso pelo site e pague com cartão Itaú que dá 50% de desconto. Ou enfrente uma hora de fila, sem exagero. São quatro paradas no parque. A primeira para uma trilha de 9km (uma outra vez, quem sabe), a segunda para o Macuco Safari, a terceira no Hotel das Cataratas (megachique, diária de R$ 800) para a principal trilha até a Garganta do Diabo e a última parada dá no restaurante que é bem turista e bom. http://www.cataratasdoiguacu.com.br/portal/.

Macuco Safari: ok, abra a carteira e nem pense em pular essa atração de 1h45m, que fica na segunda parada do Parque e é paga à parte. A trilha começa num jipão por 3km de floresta, com quatis e palmeiras raras no caminho. Depois, uma caminhada de 600 metros ou um jipe menor leva ao ponto de embarque nos botes infláveis bimotores, de aparência bem segura. Capas de chuva e coletes salva-vida no corpo e a turma segue pelo Rio Iguaçu na direção da Garganta do Diabo. Deixe tudo nos armarinhos e leve somente a máquina fotográfica bem protegida. Todo mundo se molha, independentemente de onde se sentar no bote. Depois de algumas paradas para fotos, o banho em uma das cachoeiras é inesquecível, pela força, pelo barulho, pela exuberância da natureza, pela sorte que a gente tem de morar no Brasil. São 45 minutos no barco, mas eu queria mais. E o Luca disse que o Macuco é muito melhor que muita montanha-russa da Disney. Preço: R$ 140 pra adulto e R$ 70 pra criança acima de 7 anos. (Di não pagou e aproveitou muito, nada de medo.) Mais detalhes no www.macucosafari.com.br.

Outros passeios, dentro do parque, mais "adultos": se eu estivesse com o Lucio provavelmente me arriscaria pelas opções do www.macucoaventura.com.br. Mas, sozinha com dois, não achei que deveria enfrentar 9km de caminhada ou qualquer tipo de rafting.

Duty-free Argentina: eu optei por não cruzar a Ponte da Amizade dessa vez, mas a aventura no Paraguai vale a pena do ponto de vista antropológico, he he. Preferi comprar muamba de forma mais tranqüila. Do meu hotel, de taxi, até o free-shop argentino foram 15 minutos ou menos. Tiramos uma foto linda do Luca bem na fronteira, com o sol se pondo sobre o Rio Iguaçu. Ele e a Diana adoraram brincar de falar espanhol em Puerto Iguazú. Compramos lápis Crayola, joguinho Wii, chocolates Kit Kat. Nada essencial, tudo supérfluo.

Taxista: o motorista recomendado pelo hotel e que nos levou até o Duty  Free (R$ 60, ida e volta) foi tão tranquilo que o chamamos para nos levar até o aeroporto no dia de ir embora: R$ 30. Adilson: 45-9920-6939 ou 9106-3986.

O que faltou fazer:

Admito que me deu preguiça ir até Itaipu Binacional, mas soube que crianças grandes e adultos curiosos amam. No nosso pequeno grupo, reconheço, não havia nem um nem outro.

Jantar carnes “arrentinas” em Puerto Iguazú.

E quero me arriscar no rapel e nas trilhas de 4 ou 9 km de uma próxima vez. http://www.campodedesafios.com.br/conteudo_br/index.htm ou www.macucoaventura.com.br. Tudo, dentro do parque.

Gosto disso. Gosto da impressão de não ter feito tudo o que há para fazer num lugar. Assim tenho motivo para voltar ou para pedir aos amigos que compartilhem suas próprias dicas preciosas.

Foz, que beleza !

Acquamania ! 

Puerto Iguazu
Macuco Safari
Aprendendo a ler mapas, desde cedo !
Estilo é fundamental !
Parque das Aves


quarta-feira, 14 de setembro de 2011

VRBO

Dica de hospedagem prática e economica para quem vai viajar com grupo grande ou bebê de colo. O site Vacation Rentals By Owners, o http://www.vrbo.com/, oferece casas, condomínios, apartamentos, studios para aluguel por temporada... Em qualquer lugar do mundo, com fotos e riqueza de detalhes. O contato é feito diretamente com os proprietários.

sábado, 6 de agosto de 2011

Pequenos Por Menos

Viajar é muito bom, mas não tem como negar que pesa no bolso(e como!). Por isso pesquisar e correr atrás de boas oportunidades pode ser importantíssimo na hora de escolher um destino para as férias ou mesmo uma simples pausa no fim de semana. Então segue a dica: www.pequenospormenos.com.br. Criado por duas amigas do Blog, o site oferece vários descontos especiais em diveras áreas do universo infantil. Desde cursos e peças de teatro até diárias em hotéis! Vale adicionar aos favoritos e ficar de olho. Quem sabe aquela escapada para Angra ou para o hotel-fazenda finalmente sai?

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Um Dia Feliz

Este é um post pra série "porque eu amo o Rio". 
Quase toda viagem vale a pena e todo lugar tem um(ou muitos) encantos. Mas, muitas vezes, a felicidade está logo ali, pertinho. Sem precisar ir muito longe, um antigo passeio sob um novo olhar, reacende a paixão pela cidade em que nasci e cresci.


Em julho atravessei o tunel Rebouças e em menos de dez minutos lá estávamos eu, meu pai, João e o amigo Duda na Quinta da Boa Vista. A antiga residência da Família Imperial, hoje um imenso parque público no bairro de São Cristóvão, abriga várias atrações. O zoológico do Rio talvez seja a mais badalada delas. Mas desta vez, nosso destino era outro.


Iriamos ao Museu Nacional, passeio que eu havia feito apenas uma vez, quando o João tinha uns três ou quatro anos.







A idéia era conferir a exposição "Um Tiranossauro no Museu", que exibe um crânio (considerado um dos mais completos do mundo), do carnívoro gigante de aproximadamente 65 milhões de anos. Apostei alto na exibição, mas confesso, imaginei que causaria um maior frisson nos meninos. O enorme "cabeção" prendeu a atenção por alguns instantes, mas eles logo se agitaram em busca de novidades.





Partimos então para o piso superior, onde a exposição permanente(com outras réplicas de dinossauros e fósseis) acabou dando mais ibope.









Foi bacana revisitar as outras seções do Museu, principalmente o acervo do Egito, que é aliás, o maior da América Latina. Os objetos foram arrematados em leilão pelo imperador D. Pedro I e doados ao Museu Real, em 1818.

E qual criança não fica fascinada com as incríveis histórias dos deuses e faraós?

O João, que teve o privilégio de ir ao Cairo e ver de perto as piramides de Gizé, adorou rever e relembrar alguns momentos inesquecíveis da nossa viagem. Sempre existe um detalhe, uma novidade que vai despertar o interesse nas cabecinhas cheias de imaginação e curiosidade.

Fiquei, no entanto, com a impressão de que relíquias de tanta importância mereciam um destaque maior dentro do próprio museu. Mas mesmo pecando em alguns momentos por uma certa falta de organização e informação, a visita vale muito a pena.


Além do mais, a Quinta da Boa Vista, por si só, já é um programão. Que lugar lindo! Lagos, gramados verdinhos, várias atrações ao ar livre para a criançada. Se estiver perto da hora do almoço, o http://www.restaurantequintaboavista.com.br/ pode servir de opção. Dica de uma amiga do Blog!


Em frente ao museu tomamos picolé e comemos milho. Depois o João quis dar uma volta com o Duda nas bicicletas duplas. O passeio, com os altos e baixos do percurso, foi com certa emoção, meio "radical", como eles mesmos definiram(eles esqueceram-e a mãe desavisada também- de perguntar onde era o freio!).
Outras atrações legais como pedalinhos e até tobogã inflável também distraem e agradam a gurizada.








Saldo do dia: diversão deliciosa, crianças felizes, mãe e avô cansados, mas orgulhosos da "redescoberta".


Museu Nacional - http://www.museunacional.ufrj.br/ - aberto a visitação de terça a domingo das 10hs às 16hs.
Ingressos: 3 reais para adultos e crianças a partir de 6 anos. Gratuito para maiores de 60 anos.


Estacionamento dentro da Quinta da Boa Vista : 6 reais

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Búzios no inverno

Cresci passando férias em Búzios. Minha família sempre frequentou a cidade desde que meu pai, na época um jovem mergulhador,se encantou com a pequena aldeia de pescadores em meados dos anos 60. De lá pra cá o lugar cresceu, se desenvolveu e mudou muito, claro. Continuo adorando e levando as crianças sempre que possível, mas preciso confessar: o inverno é hoje pra mim, disparado, a melhor época do ano para se ir a Búzios. Apesar de a temperatura ser um pouco mais baixa e do ventinho que insiste em bater, os dias são cinematográficos.
Vários motivos tornam Búzios irresistível em julho:






1. Caminho livre - completar o trajeto Rio-Búzios non-stop em pouco mais de duas horas, sem o stress dos congestionamentos dos feriados prolongados....Um luxo que não tem preço! Fazer o mesmo percurso em cinco ou até seis horas é uma experiência pra lá de traumática que espero não repetir nunca mais.


2. À noitinha, poder estacionar o carro bem pertinho do centro da cidade, sem precisar pagar os olhos da cara a flanelinhas, nem andar quilometros para chegar a Rua das Pedras... Nada de rodar horas atrás de vagas com crianças impacientes quase se esbofeteando no banco de trás...


3. Poucas ou nenhuma fila pra tomar sorvete, comer crepe ou um sanduíche na lanchonete que seu filho escolher...


4. Já pensou em comer um pastel no restaurante da peixaria, em Manguinhos, assistindo a um por do sol inesquecível, sem ter que esperar horas por uma mesa? Aliás, visitar o centro gastronomico que inclui este e outros restaurantes, é atualmente um programa quase obrigatório em Búzios. Recomendado com e sem crianças, para um programa família ou jantar romântico... Várias opções em um lugar que é um charme só! Ah! no cais,logo em frente, as crianças podem se divertir com um excelente "point" de pescaria... Preparem iscas e anzóis e aguardem para fisgar porque não? o "almoço" do dia seguinte. 




5. Praia da Ferradura - mais protegida, uma excelente pedida pra fugir do vento de outras praias. O canto direito é mais vazio. O esquerdo, cheio de bares, com estacionamento gratuito(eles só pedem a preferência na hora de consumir alguma coisinha). O tratamento é VIP, com direito a ducha de água doce para tirar a areia dos pimpolhos. Também ali, encontramos as atrações que sempre dão ibope com crianças... Aluguel de máscaras, snorkel, caiaques, Banana Boat, etc. e o que é melhor: preços de baixa temporada!









6. Que tal botar a gurizada para aprender um novo esporte nas férias? O João este ano começou a ter as primeiras noções na http://www.buziosvelaclube.com.br/ e adorou. Em Geribá, na http://www.escolinhadesurfdorato.com/, adultos e crianças a partir de cinco anos podem arriscar as primeiras manobras sobre a prancha de surfe. As aulas acontecem no rasinho, na maior segurança para os pequenos iniciantes. Bacana demais!








7. Outro programa infalível para finais de tarde/início de noite é o http://www.radicalparque.com.br/index.php. Fica logo na reta de chegada ao centro da cidade. Tem kart, paintball, tirolesa, arvorismo, escalada e até cinema 6D! Ótimo para queimar o que ainda restar de energia da turma... Nesta época, sem fila ou multidões, fica ainda melhor! Recomenda-se, no entanto, usar com moderação, para que os preços não transformem a brincadeira em cilada.

domingo, 17 de julho de 2011

O crachá do viajante rebelde - parte II

A jornalista Ana Paula Brasil escreveu aqui no Blog sobre o crachá desenvolvido especialmente para evitar apertos em viagens com o filho Vicente. Agora a Jane, mãe de dois meninos fofíssimos e cheios de animação para explorar o mundo(ainda bem!), dá a dica: http://www.safetytat.com/: a tatuagem não sai no banho e dura até duas semanas. Vem pelo correio e pode trazer o número de telefone impresso para emergências ou uma canetinha para que os próprios pais preencham. Bem, a tatuagem, por mais rebelde que seja seu pequeno, não tem como ser perdida. Método já testado e aprovado!

quarta-feira, 29 de junho de 2011

Fortaleza em fevereiro de 2011





Fortaleza com João e José

Nas últimas férias, me vi diante de um impasse. Queria viajar com as crianças, dois pequenos adoráveis, em idades e fases distintas. João, sete anos: animado e radical. José Francisco, acabando de entrar na roda aos oito meses: sombra ,água fresca e nada de longas distâncias.
Pra completar, eu estaria sem marido.
Assim, todos os caminhos acabaram nos levando a Fortaleza(destino que o João insistia todos os anos pois sonhava conhecer o "Beach Park"). Optamos pelo nordeste e o que posso dizer? Fomos muito, muito felizes...


Amo cidade, lugares cheios de vida e coisas pra se fazer, ver e visitar. Mas praia é cem por cento relax. Pra esquecer de tudo, nada como um mergulho na água morninha, um passeio no por do sol. E para as crianças, sem dúvida aquilo parece mesmo um pequeno pedaço de paraíso. No Porto das Dunas, registramos o primeiro mergulho de mar na vida do José Francisco. E lá também, presenciei cenas do João se acabando de brincar e correr nas areias sem fim; até chorar na despedida, dizendo que aquela foi a "melhor de todas as viagens da vida dele".


Existem muitas opções de hospedagem  na Beira-Mar, em Fortaleza. Como não alugamos carro,  decidimos ficar a 25 quilometros da cidade, na própria praia do Beach Park, muito bonita e nem um pouco lotada, por sinal. O complexo do parque aquático inclui dois resorts excelentes. Mas achamos que seria um pouco "Beach Park" demais e a idéia era também explorar a região, mostrar Fortaleza para o João. Ficamos então no Oceani Resort, um hotel simples, sem luxo, mas com uma boa estrutura de resort. Os recreadores eram extremamente simpáticos e prestativos e a comida, incluída na diária, bem saborosa(levando-se em conta o esquema de buffet).


Compramos um passe de sete dias para o parque que funcionou muito bem. Podiamos entrar e sair diversas vezes, sem pressa para curtir as atrações, sem risco de ficar meio "over". O parque ficava a apenas 500 metros do nosso hotel, mas a graça, claro, era pegar carona nos buggys estacionados na praia, que cobravam 10 reais pela corrida.


O Beach Park é muito legal, diversão certa para várias idades (bebês, crianças, adolescentes e até papais e mamães mais animadinhos). Organizado, seguro, limpo. O JF aproveitou bastante os brinquedos bem coloridos, com esquichos de água e ondinhas artificiais. João, em busca de emoções radicais, experimentou quase tudo que sua estatura permitia. Só se frustrou ao ser 'barrado' algumas vezes, na porta de algumas atrações(os funcionários, como deveriam ser aliás, são inflexíveis: meio milímetro a menos é meio milímetro MESMO). Mas tudo bem: o garoto já arrumou uma ótima desculpa para voltar "quando crescer mais um pouquinho" rsrsrss. E como as decepções fazem parte da vida, melhor relaxar, curtir e repetir ao máximo as atrações liberadas, que não eram poucas.


Mas o legal é que a região não se resume apenas ao Beach Park. A cidade é ótima, cheia de restaurantes e shoppings, com boa infraestrutura. E os passeios, pelas redondezas, uns mais próximos, outros nem tanto, todos lindos. Pena que alguns eram meio cansativos para bebês. Fiquei com água na boca, mas Canoa Quebrada, Jericoacara e Cumbuco tiveram que ficar pra próxima.


Agendamos no entanto no hotel um passeio de buggy para a Lagoa do Uruaú, onde o João se acabou no tobogã natural das dunas, e visitamos também o centro das rendeiras, na Prainha. Muito legal ver de perto um pouco da arte feita por aquelas senhoras. Na volta, vimos as jangadas voltando do mar, abarrotadas de peixes. Uma festa!


Em Fortaleza, visitamos o Mercado Central, o maior centro de compras do estado, que vende de tudo um pouco. Ou muito de tudo. Comida, toalhas de mesa, redes, paninhos, vestidos... A mulherada quase enlouquece. Os meninos foram pacientes até que o prazo expirou (ainda bem porque senão o prejuízo seria imenso).
De lá fomos direto conhecer o Centro Cultural Dragão do Mar, 30 mil metros quadrados dedicados a arte e a cultura do nordeste e do Brasil. O prédio é bacana demais e as exposições quase todas gratuitas. João ficou interessadíssimo na história de Francisco José do Nascimento, o Chico da Matilde, conhecido como o Dragão do Mar, um símbolo da resistência popular contra a escravidão. Também ali, o Joca ouviu falar pela primeira vez em literatura de cordel e do grande poeta popular e um dos principais representantes do estilo, o internacionalmente famoso Patativa do Assaré.


Deixamos o Ceará com a melhor das impressões, aquela vontade imensa de ficar mais um pouquinho e a certeza de que vamos voltar. Logo, de preferência!

Ah, o nordeste...

domingo, 26 de junho de 2011

Niterói

Ok, quem tem dois filhos que reconheça. Ser pai (ou mãe) de filho único, de vez em quando, é moleza pra gente. Toda oportunidade que meu marido e eu temos de ficar somente com a Diana, de 4 anos, aproveitamos para fazer um passeio especial, menos caótico do que seria com duas crianças de idades e sexos diferentes.


Enquanto o Luca (8 anos) curtia o feriado na fazenda de um amigo, nesse domingo de sol e temperatura de 25oC, nosso trio cruzou a ponte e seguiu para Niterói. Da Zona Sul até a Fortaleza de Santa Cruz, levamos 45 minutos. Conhecemos pouco a região, portanto, recorremos ao Google Maps e ao GPS. Recomendo.


A fortaleza com vista para a Baía de Guanabara começou a ser erguida em 1555, é imponente mesmo para os padrões de hoje e está cercada por outros fortes menores. A capela de Santa Bárbara, em estilo colonial, é o começo de uma visita guiada de 45 minutos, que custa R$ 4 para os adultos.


Dizem que ali surgiu o ditado de "um olho na missa, outro no padre". É que sendo obrigatório para os soldados frequentar os cultos, a fortaleza ficava desprotegida durante a missa. O padre no altar observava o movimento no mar por uma janela única, lateral, e era ele quem dava ordem para contra-atacar em caso de ofensiva.


Para a Diana. o que mais impressionou foram os canhões, as prisões, as solitárias e as masmorras, de pedras frias, paredes grossas, grades infalíveis. Por lá, passaram piratas (olha o Capitão Gancho aí...!) e presos políticos, mas o clima na Fortaleza não é pesado, muito pelo contrário. O silêncio, a beleza, as histórias dos soldados, os canhões enferrujados e a ousadia do projeto arquetetônico enchem os olhos. Foram muitos causos e muitas poses. As fotos vão já para o porta-retrato.


Estrada Eurico Gaspar Dutra, s/nº- Jurujuba
Tel.: 3611.1209 / 2710.2354 / 2711.0725
De terça a domingo e feriados das 9h às 17h

O bairro de Jurujuba concentra um sem-número de barquinhos de pescador e de restaurantes de peixes e frutos do mar. No próprio complexo, tem um restaurante. Fiquei até com vontade de experimentar - mas o nosso destino era o http://www.grutadesantoantonio.com.br/v2/, recomendado pela jornalista e amiga Sandra Moreyra.


Comida portuguesa, atendimento fora de série, preço em conta (coisa rara no Rio) e sobremesas (rocambole de laranja com amêndoas) de comer de joelhos. A Diana se fartou dos bolinhos sequinhos de bacalhau. Pra mãe quem não tem frescura, um almoço completo, saudável e original. A volta pra casa foi aquele sorrisão geral, depois de um dia bem aproveitado, ao ar livre, diferente e irreverente. Quando o Luca chegou de viagem, fiquei pensando... é, vamos ter de voltar, com os dois!

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Vicente em Chicago

No dia seguite à vitória do Chicago Bulls nos playoffs da NBA

Vendos os "nefantes" do Field Museum

 
Lançando foguetes no planetário


Top 5 do Vicente em Chicago

Chicago foi uma sugestão da Cristiana, uma das autoras deste blog. “Parece uma pequena Manhattan; mas é mais tranquila e mais barata”. Isso me animou. Muitas das dicas de programas para crianças foram tiradas aqui do “Kids na Estrada”. Vejam o que Vicente elegeu como favoritos (ou, pelo menos, o que nós interpretamos como preferências dele!). Do último para o primeiro, para dar mais emoção!


#5 Navy Pier – http://www.navypier.com/ Um lugar muito agradável, se o tempo ajudar! Em Chicago faz frio e o vento não perdoa. Pegamos dois lindos dias de sol e pudemos passear ao ar livre. Um desses dias passamos no pier. Lá existem um shopping com restaurantes e lojinhas de souvenirs, um parque de diversões e o “Museu das Crianças”, de que vamos falar no item abaixo.


O parque é lindo, clássico: roda gigante (enorme!), carrossel, cadeirinha voadora... uma delícia. De lá se tem uma linda vista da cidade. Ao lado do parque está o deck de onde saem os passeios de barco.


O pier também tem um jardim de inverno; coberto, cercado e aquecido nos dias mais frios. Há mesinhas para lanche e espaço para correria e brincadeiras.


O almoço foi no Harry Carays e, para nossa surpresa, o prato mexicano pedido pelo meu marido veio com feijão preto. Mais surpresos ainda ficamos ao descobrir que o feijão não era apimentado! Vicente comeu o feijãozinho do papai bem feliz. Restaurante especializados em grelhados e com decoração inspirada no baseball. Preço honestíssimo. http://www.harrycaraystavern.com/navy-pier/index.html


#4 Children´s Museum – http://www.chicagochildrensmuseum.org/ O museu reproduz situações do mundo adulto. Há, por exemplo, um quartel de bombeiros, uma construção, um navio... tudo adaptado, pequenininho, para que as crianças possam mexer. Há também espaço para pintar e desenhar, shows de música infantil e brincadeiras com água (eles fornecem capas para que os pequenos não se molhem). Levando um lanche, dá para passar o dia inteiro lá! Vicente não queria sair.



#3 Adler Planetarium – http://www.adlerplanetarium.org/ É basicamente dividido em 3 partes: a primeira, onde passamos a maior parte do tempo, tem um foguete de mentirinha, uma base espacial, uma plataforma lunar... tudo perfeito! Lindo, muito bem feito. Há roupas de astronauta para as crianças vestirem... uma graça. Sucesso total. A segunda é para crianças maiores, com experiências e vídeos. E a terceira, uma sessão de planetário (filme projetado), mas o Vicente dormiu um pouco antes dela começar.


#2 Field Museum - http://fieldmuseum.org/ É o museu de História Natural de Chicago. Excelente! Bichos enormes empalhados, esqueletos de dinossauro imensos... um deles é famoso: “Sue” – o maior, mais completo e mais bem preservado esqueleto de Tyrannosaurus rex já descoberto. É uma senhora idosa: tem que 67 milhões de anos! Vicente gostou tanto que, na madrugada seguinte, falou dormindo: “quero ver o lobo, o urso, o passarinho, quero ver o ´nefante´ (elefante), quero ver o ´dinoUssauro gandão´”


#1 Shedd Aquarium – http://www.sheddaquarium.org/ Um dos melhores aquários do mundo, segundo os guias de viagem. Não duvido. Vicente amou pela grandiosidade e pelo colorido dos bichos. Só ganhou do Field por que aqui os animais estão vivos (risos). Tubarões enormes, show de golfinhos, exibição de baleias beluga e uma exposição hipnotizante de várias espécies de água viva.

Vicente em NY



Top 5 do Vicente em Nova York

Se alguém te disser que Nova York não é cidade para criança, esqueça! Há uma oferta enorme de programas legais, os pequenos não pagam quase nada e todos os lugares são adaptados para carrinhos de bebê e cadeirantes (rampas e elevadores). Claro, a gente fica mais cansado e não consegue fazer as compras que queria, mas, já que o momento é “kids”, vale encarar. Também seguindo dicas deste blog, Vicente deu sua primeira mordida na “grande maçã”.


# 5 Restaurante Serafina – http://www.serafinaatthetime.com/ O restaurante entrou para o ranking por vários motivos, em especial pela nossa garçonette, Alma, que foi excelente com as crianças à mesa. Ao chegarmos, nos ajudou a acomodá-las e a guardar nossas bolsas, casacos, sacolas, brinquedos, carrinhos (!). Buscou papel, giz de cera e o cardápio infantil. Fizemos o pedido das crianças e, enquanto olhávamos o menu, Alma distraía o Vicente fazendo perguntas em inglês-português-espanhol. Pediu para ver o dinassauro dele, comentou sobre a camiseta do Barney... se esforçando que pudéssemos escolher a comida em paz. Uma graça. Vicente comeu, brincou, subiu e desceu a escada que leva ao banheiro várias vezes e ninguém fez cara feia. Além disso, a comida é boa e barata. Me disseram que à noite fica cheio. Pizza de reputação. Há outras filiais pela cidade.


#4 Toys r´us (Times Square) – http://www.toysrusinc.com/about-us/times-square/ A rede americana de brinquedos caprichou nesta loja. Há até uma roda gigante lá dentro. Há bonecos fantasiados com quem as crianças podem tirar fotos (Homem Aranha e Capitão América estava lá), um dinossauro perfeito que se move e faz barulho e muitas demonstrações de produtos legais. Encare a visita à loja como um programa. Você vai passar pelo menos duas horas lá dentro. Existe até lanchonete no subsolo.


#3 Zoológico do Central Park – http://www.centralparkzoo.com/ O zóológico é pequeno, mas muito bonito e bem cuidado. Se você tem crianças maiores, considere ir ao Zoológico do Bronx, que é maravilhoso. Mas é longe e muito grande. Achamos que para uma criança de 2 anos e meio, esse estava bom. É possível ver os bichos bem de pertinho e alimentar as focas. Vicente amou os pinguins!


#2 Museu de História Natural – http://www.amnh.org/ Loucura, loucura, loucura. Elefantes, a baleia azul e os dinossauros deixaram a criança muda. Esteja no museu no horário de abertura! Na saída, vimos que as filas estavam enormes.


#1 Gazillion Bubble Show – http://gazillionbubbleshow.com/ Imagine uma criança maravilhada, hipnotizada, imóvel por 1 hora e 20 minutos. Dica inestimável da Cristiana. Um sérvio de origem chinesa faz um espetáculo com bolhas de todos os tamanhos e cores. Coloca bolhas dentro de outras, enche a bolha de fumaça... A música é cafoninha, tipo Richard Claydman, e o cenário poderia ser melhor, mas isso perde a importância quando Deni Yang entra em ação. Lindo.

O crachá do viajante rebelde

Meu filho é um selvagem. É lindo, fofo, querido, charmoso... tudo isso, mas parece um dragão de Komodo de tanto que se agita. Além disso, não gosta de andar de mãos dadas; a gente precisa negociar e insistir muito. Por isso, desenvolvemos este crachá.


Quando estamos em lugares muito cheios, principalmente acompanhados de amigos e outras crianças (o que gera sempre uma brincadeira de correria), ele é obrigado a usar.


O crachá ficou assim “profissa” porque foi feito na empresa de uma amiga. Mas você pode imprimir um cartãozinho no seu computador e comprar uma carteirinha plastificada em qualquer papelaria.


No início ele reclamava muito, mas depois consegui comprar uma cordinha (um pendurador ) do Mickey e ele bem feliz, se sentindo importante. Eu disse que era o crachá dos amigos do Mickey. Embora estejamos sempre atentos, claro, em shoppings, museus e parques cheios isso nos deixou mais tranquilos.


By the way, os dois hotéis do crachá são ótimos. O hotel de Chicago é nota 10, inclusive no preço. O de NY é carinho... mas Manhattan sempre arranca nosso couro na hospedagem, né?

sábado, 5 de fevereiro de 2011

Pequeno Bob na Europa

Aventuras com um "pirata" na Torre de Belém!
Adoro essa foto. Torre de Belém. O moleque brincando amarradão com esse cartão postal ao fundo...

Essa foto é tudo de bom. O Beijo Molhado do Leão Marinho em Lisboa!

Show de golfinhos em Lisboa

Parque Isla Mágica em Sevilha

Parque Isla Mágica em Sevilha

Jardins de Murillo em Sevilha, unem o local histórico (é o jardim do Palácio Real) com a diversão da criançada.

Museu do Brinquedo, Sintra

Museu do Brinquedo, Sintra

Barcelona é uma cidade com uma arquitetura diferente, onde tudo chama a atenção das crianças.

Mais dicas da Germana em Lisboa, Sevilha e Barcelona

Os passeios mais legais com crianças

BARCELONA

1) Parque de La Ciudadela - Perfeito, cheio de brinquedos em todos os cantinhos.
2) Zoológico - o Show de golfinhos é uma atração à parte, que não dá para perder
3) Aquário - Nosso pequeno achou muito escuro, mas é um programa imperdível. No final, há uma série de brinquedos, como um submarino, que eles adoram.
4) Andar pelas Ramblas - é um programa tipo Turistão, que muitos nem me aconselharam a fazer por ser meio brega. Mas, quer saber? Nós adoramos! A cada metro percorrido, encontrávamos artistas de rua, com mil performances curiosas e engraçadas. Essa mistura de gente e um clima animado foi ótima para nós e nosso filho. Tudo era novo para ele, que ficou fascinado.
5) Parque Guell - obrigatório para adultos e crianças, mas não tem brinquedos. É um espaço lindo e ao ar livre, onde se pode correr à vontade e curtir a vista da cidade.
6) Fundação Miró - Miró é perfeito para crianças e uma ótima introdução no mundo das artes, com suas telas imensas e muito coloridas. Roberto adorou. Tentava me explicar o que era cada um daqueles desenhos, ficou todo feliz. Uma graça.

Onde não ir - Pueblo Espanhol
É uma vila, com entrada paga, que tenta imitar os inúmeros estilos arquitetônicos da Espanha, como uma (ou várias) cidade (s) em miniatura. Eu achei horrível e desnecessário. Barcelona é linda, com uma arquitetura fantástica e muito viva. O que eu estava fazendo ali naquele espaço fake que parecia um shopping???

SEVILHA
Parque Isla MAgia - Incrível, rende muito para crianças, com brinquedos e shows ao ar livre. Destaque para a apresentação de pássaros, que nunca vi antes em lugar algum.

Parque Maria Luisa - Além de ser lindo e ter uma das praças mais lindas da Europa (a Praça de Espanha), é um espaço verde incrível, com muitos brinquedos e passeio de charrete. Ponto alto da cidade!

Jardins de Murillo - são os jardins do Palácio Real (Real Alcazar) - também lindos, com brinquedos e as laranjeiras típicas da Espanha. Delícia.

Casa de Pilatos - nós fomos, é uma construção muito linda em estilo árabe, mas Roberto estava no auge do seu cansaço e impaciência. Não rendeu para ele...

LISBOA E ARREDORES
A cidade é muito amigável para os pequenos.
1) Andar de Elétrico (Bonde) é um programa legal, bem como ir ao Castelo de São Jorge bem no Centro da Cidade.

2) Conhecemos o Parque Monsanto que é muito completo, uma área verde lindíssima e muito bem estruturada para crianças, com inúmeros brinquedos, cabanas de índios, lago, restaurante e tudo que você possa imaginar. Adoramos.

3) Passear por Belém, conhecer a Torre de Belém, de onde saiam os navegadores rumo ao Novo Mundo. Meu filho se sentiu o próprio pirata, brincando naquela espécie de castelo (é uma fortaleza na verdade), cheio de canhões. Provar o incrível pastel de Belém e brincar com os mapas no chão, desenhados com pedras portuguesas, que mostram as conquistas de Portugal nos tempos de Cabral. Emocionante.

4) Zoológico - eu achei o Zôo de Lisboa ainda melhor que o de Barcelona, que já era nota 10. Há uma programação enorme, com diversos horários para as crianças acompanharem a alimentação de flamingos, focas etc. As 15h, há o grande show de golfinhos e leão marinho! Imperdível! Recebemos o famoso "Beijo molhado" e jamais esqueceremos.

5) Sintra - Cidade histórica ao ladinho de Lisboa, com o Castelo da Pena (é impossível não se sentir num conto de fadas!) e o Museu do Brinquedo. Programa delicioso!

6) Oceanário de Lisboa - Simplesmente o melhor aquário da Europa, de deixar qualquer um com o queixo caído. Dá para ficar horas e horas observando as espécies, os tubarões, as arraias, peixes imensos e os minúsculos... um programa obrigatório!

Para os mais velhos existem ainda outras opções como Museu das Ciências, ao lado do Oceanário, e um parque chamado Kidzânia, que não chegamos a conhecer. Lisboa merece muitas e muitas viagens.

Pequeno Bob em Barcelona, Sevilha e Lisboa, por Germana Costa Moura

Germana é jornalista e corajosa. Mãe de Roberto, o "Pequeno Bob", que nas últimas férias fez roteiro de gente grande. O menino cruzou o oceano. E adorou! A seguir, a primeira de uma série de aventuras da família(a gente torce por isso)... 


 
Estava louca para contar para vocês a experiência de levar um moleque de menos de 3 anos para passear com seus pais pela Europa. Foi demais. No roteiro teve de tudo um pouco: de parque de diversão a monumentos históricos, de zoológico com show de golfinhos a jogo do Barcelona, de passeios por avenidas lindas até a pausa para um descanso naqueles cafés cheios de charme. Só que em vez do cafezinho e da água mineral, típico hábito deles, a mesa estava lotada de bonequinhos e um tiquinho a mais de barulho do que eles estão acostumados..

Como fomos atravessar o Atlântico com uma criança tão pequena?

Com a proximidade das férias, ainda no ano passado, começaram as dúvidas sobre que viagem nós faríamos. As primeiras opções incluíam Hotel Fazenda, Praia, Parques de Diversão (Beto Carrero porque a Disney, eu só cogito um pouco mais para a frente) etc. Fiz uma sondagem com amigas, todas com filhos já bem maiores do que eu, e ninguém jamais levou filho pequeno para uma viagem a Europa, mesmo aquelas que viajam com frequência. Nada contra praia ou parques! Quem não gosta de ficar curtindo um relax com todo o conforto? E os parques? Tenho certeza que vou curtir mais do que o Roberto e me acabar em todos aqueles brinquedos. Mas depois de 3 anos curtindo intensamente a vida de mãe e o mundo infantil, queria muito que as férias fossem familiares e não apenas 100% voltadas para ele. Além disso, meu marido branquíssimo não gosta de praia e já me deu de presente férias no Nordeste uns dez anos seguidos. Estava na hora de variar o cenário. E, finalizando, nós dois quase não nos vemos o ano inteiro. Temos horários completamente diferentes. A última coisa que eu queria era entrar em parques cheios, lotados, um barulhão etc etc. Queria ter a oportunidade de passear, conhecer coisas novas, sentar num café e papear. E sentir um friozinho para fugir desse calorão.

Como temos milhas sobrando (eu não falei que a gente quase não se vê? São inúmeras viagens a trabalho!) e amigos queridos em Portugal - amigos esses que ainda por cima têm filhos com idades bem próximas a do nossos filho - bastou meio convite da Joana para eu ja ir aceitando e topando a ideia de revê-la e passar uns dias com ela. Mas a questão central permanecia: o Roberto seria muito novo para fazer uma viagem, digamos, de adulto? Dá certo levar um moleque para Europa? E o custo?

A minha avaliação é que dá, sim, e muito. Adorei a experiência. Com um filho só é quase o mesmo custo de uma viagem a dois (a parte terrestre). Onde dormem dois, dormem três. E nós dois rachávamos todas as refeições! Fui com baixa expectativa. Daqui do Rio ia me convencendo que algumas coisas não iam dar certo e que não daria para fazer todos os programas. Por exemplo, eu achava quase impossível sair à noite e, na realidade, saímos algumas noites tranquilamente com ele no carrinho. Por outro lado, tinha certeza que ele ia amar o aquário de Barcelona e ele nem ligou. Acho que achou muito escuro, porque ficava procurando o lugar do cinema! Curtiu muito mais o carrossel bem bobinho que havia do lado de fora.

Nas cidades grandes, há inúmeras opções de lazer. Um parque urbano ou pracinha já é um programão para um menino de apenas 3 anos. É tudo lindo, charmoso, bem cuidado, cercado de flores. Em Barcelona, o Parque de la Ciudadela tem lago, barco para alugar, inúmeros brinquedos (em diversas áreas), gente patinando, labirinto de arbustos, cafés. Um sonho. E ali ainda tem o Zôo, com seu show de golfinhos de deixar qualquer um babando.







Em Lisboa, a Torre de Belem foi recriada por mim como um lugar de onde os grandes piratas (e não os navegadores) saiam para fazer suas descobertas. Não tem preço ver seu filho explorando cada cantinho da Torre - um dos patrimônios da humanidade - viajando como se estivesse num cenário de piratas. O mais engraçado é que quando chegamos lá havia um artista de rua, todo fantasiado de pirata, fazendo pequenas esquetes e tirando fotos junto aos visitantes. Uma moedinha de um euro e estava garantido o espetáculo. Roberto enloqueceu. "Eu não te disse, filho, que aqui havia um pirata?". Adorou! E pensar que ali pertinho está à venda o famoso Pastel de Belém. Dá mais saudade ainda.

Super curioso, prestava atenção em tudo! Fomos ao Castelo da Pena, em Sintra, onde ele procurou muito pela Rainha! Mas, que pena, ela não estava lá! Em Sevilha, na Casa de Pìlatos, com influência Árabe. ele andou procurando Aladim e Jasmim. De lá seguiu para um parque de diversões incrível com brinquedos e esquetes teatrais. E assim íamos mesclando programas para todas as idades.

Foram 17 dias em 3 cidades. Hoje, mais experiente, eu teria feito 12 dias em apenas 2 cidades.

A seguir um resuminho do que acho que dá certo ou não em viagens desse tipo. E você? Tem dicas para passar?

Deu certo



Clima - ele nem ligou para o frio, se adaptou super bem
Avião - nem sentiu a viagem noturna tanto na ida quanto na volta
Dormir em apartamentos alugados - além de mais baratos que os hoteis, os apartamentos são muito mais confortáveis e dão à criança a sensação de que está em casa. Até hoje ele fala "a nossa casa de Barcelona" (quem me dera!)
Ter um monte de DVDs em português e brinquedinhos sempre à mão.
É um alívio encontrar o Danoninho idêntico ao nosso e qualquer DanUp em qualquer mercadinho.
Museu - parece incrível, mas ele adorou o Museu Miró. Sua reação foi dizer todo empolgado "que legal!" e em seguida me explicar que se tratava de uma "pintagem com textura", como se fosse um trabalhinho da escola.
Parques e pracinhas em geral. A dica é ir de manhã, gastar bastante energia. Depois, colocá-lo num carrinho descansando enquanto os adultos aproveitam para fazer outros programas com mais calma (muitas vezes ele dormia).


Não deu tão certo



Não recomendo mais que 12 a 15 dias viajando. A gente abusou com 17 dias de viagem. Ele sentiu saudade de casa e nós estávamos cansados, loucos para revezar um pouco com a babá...

O fuso horário com 3 horas a mais foi bem cansativo para os pais. Antes de 1 da manhã, nada do Roberto dormir. Abrimos o sofá-cama na sala, espalhamos os brinquedos, para ver se ele ia se deixando levar pelo sono.... a casa era dominada por dezenas de bonecos. Na foto, Roberto completamente com sono cercado de sua coleção.




TV em espanhol. É muita informação para a cabeça dele processar. Eu senti que ele ficava muito ligado tentando entender tudo. Quando desliguei a TV, ele relaxou mais e conseguiu desacelerar.

Comida - que saudade do prato infantil no Brasil e de pedidos como "dá para ver mais uma porção de arroz?". Isso não existe lá fora. Ele estava com tanta saudade do arroz, que cozinhamos em casa! No quesito gastronomia, não consegui variar quase nada o cardápio. Qualquer iogurte ou suco novo era rejeitado, então parei de arriscar e saí comprando só o que era bem parecido com o que ele estava acostumado (uma pena!)

Cidade pequena, como Sevilha. Lá é interessante e tem um Parque de Diversões ótimo. Mas as cidades maiores são realmente mais indicadas!

Adorei a experiência e acho que, só de termos ficado 17 dias nós 3 juntos, já valeu a pena. Foi ótimo ver que não existe bicho de 7 cabeças e eles se adaptam facilmente e dá para fazer diversos programas com eles.

Que venham as próximas férias!!!