sábado, 6 de novembro de 2010

Bali: o paraíso é logo ali, por Joana Thimóteo

Em janeiro de 2007 morávamos na China e vivíamos um dos invernos mais rigorosos dos últimos anos (rigor no inverno de Pequim significa 20 graus negativos). Com todo este cenário gelado e com nosso pequeno Antonio de seis meses de idade preso em casa, achamos que o mais prudente era partirmos de férias para o hemisfério sul. Como não queríamos mudar de fuso (a adaptação ao fuso é sempre a pior parte da viagem para as crianças) resolvemos ir para Bali (12 horas de Pequim, sem vôo direto). Optamos pela Singapore Airline, a melhor empresa aérea que já viajei na vida. Impressionantemente boa com as crianças, mesmo que em classe econômica.
Bali me parecia algo exótico e excitante. Como já tinha tido experiências não muito agradáveis na Ásia, principalmente no Japão, achei melhor levar tudo, mas TUDO mesmo o que Antonio pudesse precisar.


Leite em pó, protetor, potinhos de comida, mamadeiras, esterilizador, fraldas, fraldas de piscina, berço portátil, carrinho, roupa de frio, de calor, lençol, manta, tolha, cadeira de comer inflável,  banheira inflável, ufa! Exagero? Talvez, mas sempre fui assim. Levei desde muito cedo meus filhos para todos os lugares do mundo. Sem preconceito. Mas para que desse certo sempre tive comigo tudo o que eles pudessem vir a precisar. Nada nunca faltou. Assim, eles se adaptaram e curtiram sempre todas as nossas viagens. No caso de Bali especificamente, foi tudo um exagero. O supermercado tinha as melhores marcas internacionais e eu não precisava ter levado comigo o contêiner que levei. Mas isso faz parte, erros e acertos das viagens com crianças. Uma coisa que aprendi ao longo desses anos é que os países mais desenvolvidos muitas vezes têm marcas nacionais fortes e não deixam entrar as marcas estrangeiras. Protecionismo puro. Bali, por viver do turismo, tem tudo o que um bebê estrangeiro possa precisar.


Mas vamos às férias.  Ficamos num resort no sul da ilha, em Nusa Dua. Nesta praia ficam reunidos os principais resorts da ilha. Sinceramente, com criança, é a melhor opção. Esses hotéis têm alto padrão de atendimento, a maioria conta com vários restaurantes, ficam em frente a uma praia calma e deliciosa e tem toda a infra necessária para nós mães. Se eu fosse solteira não ficaria lá, iria para o bochicho de Seminyak ou se fosse uma viagem a dois iria para o charme de Ubud.


Mas como minha realidade incluía criança, ficamos em um super hotel num tremendo “esquema família”. O hotel escolhido era todo integrado com o verde, tinha um parque legal, praia e piscina bem servidas. Nosso roteiro foi o seguinte: acordávamos cedo para ir à praia/piscina com Antonio. Na hora que o sol apertava alugávamos um carro com motorista (algo super comum e barato em Bali) e íamos passear. Sempre tentando conciliar o que nos interessava com o que pudesse interessar ao Antonio. Em Bali existem vários templos hinduístas, os mais fáceis para ir com crianças e carrinho são Uluwatu e Tanah Lot.  A região de Ubud também é deliciosa para passear com nossos pequenos. Com uma vegetação única o “bairro” parece estar dentro de uma floresta tropical.  Ali se encontram galerias de arte muito charmosas.  Uma opção de passeio que com certeza agrada pais e filhos. E claro, as praias de Kuta, Legian e Seminyak. De fácil acesso, bem longas, com areia batida e com uma orla cheia de restaurantes deliciosos para saborearmos a culinária balinesa (cuidado com a pimenta!), um ótimo destino para as crianças brincarem no fim da tarde.


E foi assim que passamos nossos maravilhosos 10 dias na ilha. Acolhidos por aquele povo simpaticíssimo e muito querido. Nos restaurantes os garçons pegavam Antonio no colo e iam passear com ele pelo lugar. Eles amam criança e tratam muito bem nós, os turistas. Mas o melhor de Bali é o preço. Pelo menos em 2007 era tudo muito barato.


- Joana Thimóteo, mãe (corajosa) de Matias e Antonio, é carioca e mora atualmente em Cascais, Portugal.

Joana, Pedro e Antonio em Bali - 2007

eu e ele no templo de Uluwatu,um dos mais famosos

meninas atacando Antonio. Elas sao loucas por bebes ocidentais

No restaurante na beira da praia de Kuta, point dos surfistas. Muita areia para criança brincar

Na praia em frente ao hotel. Calminha

Restaurante

Nós 3 de saia para podermos entrar no templo. Respeito aos deuses

Perdendo o medo

"Só há um jeito de perder o medo de viajar com filhos pequenos: viajando. Muitas vezes na nossa mente as coisas parecem mais complexas do que efetivamente são, e não há nada como a experiência para desfazer temores infundados. Isso não significa que basta embarcar e deixar acontecer, pois quando estamos com crianças um bom planejamento é mais importante do que numa viagem de gente grande." 

- Relato de Jane, professora e mãe de dois, que até pouco tempo atrás tinha medo de viajar com eles

"É preciso preparar com cuidado o roteiro, a malas e a própria cabeça. Ao montar roteiro, ajuda muito estudar o máximo sobre o destino, buscar os hotéis mais bem localizados e formular uma escala ordenando o que é imperdível, o que é prioritário e o que é opcional. É certo que essas são providências relevantes em qualquer viagem, mas quando se está com crianças evitam ter que tomar decisões importantes na hora de sair para o passeio (quando eles estão agitados e barulhentos) ou depois de um dia exaustivo (quando o seu cérebro já não funciona direito). Mas também não é bom deixar que o medo de que algo dê errado leve a um "superplanejamento" perfeccionista. Fazer um roteiro rígido demais, sem espaço para mudar de ideia ou tirar um dia de descanso pode gerar muita frustração e estresse.  Ao preparar as malas, é fundamental montar vários kits anti-roubada: levar todo tipo de roupa para evitar surpresas metereológicas (pois com criança é mais difícil fazer compras de emergência), um arsenal de remédios para todos os males e uma seleção de brinquedos e jogos para os momentos de tédio. Na bolsa de mão, lanchinhos, pequenas surpresinhas, videogame e DVD portátil ajudam a combater o mau humor. Quanto à preparação da própria mente, é fundamental minimizar as expectativas e não idealizar a mesma velocidade e aproveitamento do tempo de uma viagem convencional.  Se alguma coisa der errado, o jeito é incorporar a experiência ruim como aprendizagem e não como trauma.  Afinal, contratempos são parte do risco do empreendimento."

Jane em Paris - Julho de 2010

Tem figurinha repetida nesse blog, mas a boa notícia é que Paris sempre terá seu charme para pais e crianças viajantes. Nossa amiga Jane perdeu o medo de viajar com filhos e embarcou para Paris com seus dois meninos, um de 6 e outro de 4. O destino escolhido foi... a capital francesa. Abaixo, quatro dos passeiso favoritos da família no verão desse ano.

- Les Tuileries:  para contemplar, para flanar, para correr, para rolar na grama.  No verão, é montado um grande parque de diversões com roda gigante, minimontanha russa, camas elásticas, carrosséis e muito mais. Um programa que pode se revelar mais divertido e menos cansativo para crianças pequenas (e para os pais) do que a sonhada Eurodisney. 

- A Torre Eiffel:  o passeio turistão obrigatório mais indicado para fazer com filhos pequenos.  Eles nos fazem ver com olhos de primeira vez o quão encantador e especial é ir até o topo daquela delicada trama de ferro. 

- La Villette: Um parque moderno e supreendente. Um dia inteiro pode não bastar. O Museu das ciências é interativo e mesmo os mais novinhos podem curtir, embora seja mais proveitoso para crianças com mais de 5 anos. O Argonauta, um submarino de guerra autêntico, desativado na década de 80, é muito interessante. Já o Parque de La Villete possui dez jardins temáticos. O Jardim do Dragão com seu escorrega de 80 metros é imperdível. Há ainda a Géode (espaço de projeção em 3D), a Cité des Enfants (com atividades para variadas faixas etárias) e a Cité de la Musique.

- Château  e Bois de Vincennes: Vincennes é uma pequena cidade na periferia de Paris, onde se chega de metrô em cerca de 15 a 20 minutos. É um lugar perfeito para passar um dia ao ar livre. Lá há um maravilhoso castelo do século XIV, o Jardim Botânico de Paris (Parc Floral) e o Zoológico (atualmente fechado para reformas), todos  próximos uns dos outros. O Parque Floral é lindo e abriga um espaço com brinquedos. No bosque  pode-se alugar bicicletas.

- Por Jane, mãe de dois, que acha que Paris é o melhor parque de diversões da humanidade.

Dani e Maria Antonia - NY em 2008

sexta-feira, 5 de novembro de 2010

As viagens de Dani e Maria Antonia

Daniela é advogada e mãe de Maria Antonia, de 9 anos. Como gosta de dizer, passa a vida viajando ou planejando o próximo destino. O melhor é que: tal mãe, tal filha, as duas adoram viajar. Quando pedimos à Dani que colaborasse com o Blog, ela teve uma dificuldade: escolher apenas uma viagem inesquecível. Por isso, abaixo alguns dos melhores momentos de mãe e filha pelo mundo.

"Dentro do Brasil citaria: Cumbuco no Ceará, no Hotel Golfinho. Cumbuco é basicamente uma única praia que tem um único restaurante (do Gaúcho), mas os dias estavam lindos, a água do mar uma delícia - e é uma viagem extremamente barata para se fazer com um grupo grande, como eu fiz. Muitas amigas, família e crianças; reservamos praticamente o hotel todo! Próximo a Cumbuco, tem o parque de águas (Beach Park), que é bem divertido, organizado, perfeito para as crianças. Os Club Meds também são uma ótima opção, mas só recorro a eles quando estou sem imaginação.

Com relação a viagens internacionais, fomos a Paris, Miami, Disney, Caribe, México, Belize... mas não posso deixar de escrever sobre Nova York, onde ela nasceu e retornamos todos os anos!


NY é um lugar em que não preciso pensar em roteiro, locomoção, agenda... as coisas acontecem naturalmente, as novidades pulam na sua frente em cada esquina e a sensação é de estar indo a um lugar novo a cada vez que se visita! Novas lojas, novos parques, novos bichos no Bronx Zoo, no Central Park Zoo... e muitos e muitos amigos que moram lá.


Uma boa dica, ainda mais indo a NY com criança, é alugar um apartamento por temporada, onde se possa cozinhar, lavar e secar suas roupas. Minha filha com três anos na Disney entrava nos restaurantes e pedia arroz, feijão e purê de abóbora com bife de fígado! Tadinha recebia, no máximo, um macarrone cheese!"

Dentre os programas preferidos das duas em NY, Daniela destaca:


1 - Central Park, um piquenique, um passeio de charrete, um passeio de bicicleta, o parquinho com carrossel, o Central Park Zoo (torcer para o urso polar sair da toca!); 


2 - Mary Poppins, na Broadway, que a Maria Antonia viu quando tinha uns 6 anos e ficou maravilhada! Apesar de não entenderem o inglês, o show todo já vale a emoção. Rei Leão também é imperdível, ainda mais para crianças menores; 


3 – Magnolia Bakery para comer cupcakes! Eu amo o Velvet Cake, mas tem um novo de doce de leite divino! O Magnolia Bakery antigamente tinha só no Village, agora tem no Upper West Side; 


4 – Todas as lojas infantis, como Fao, American Girl, Build a Bear e várias outras nos mesmos formatos que surgem a cada estação e são uma ótima diversão para as crianças; 


5 – O Museu da Criança, o Planetário e o Museu de História Natural são uma ótima atração e você pode, através do site, agendar programações específicas, como por exemplo, caça a morcegos no Cetral Park com um grupo saindo do Museu de Historia Natural, ou uma noite no museu; 


6 – Tem também os parques para os mais velhos que são bem perto de NY (parque de águas e o Six Flags); 


7 – Comer cachorro quente em toda a esquina, mas não deixar de ir no Gray Papayas!

Alguma roubada?

- NY no verão é muito quente, então andar com uma roupa e, principalmente, sapatos confortáveis. "Se saírem de Havaianas, preparem-se para voltar com os pés negros e bem sujos! Então, eu acho que o ideal é um par de tênis confortável mesmo."


De brinde, a Dani ainda dividiu mais algumas recordações com a gente:

- "Mergulho em Belize e a Maria Antonia encantada nos corais... A ida a Disney quando ela tinha 3 anos e o olhar dela para cada princesa (outro dia escutei que não vale a pena levar criança a Disney porque eles esquecem e eu disse que se ela esqueceu, eu nunca esqueci cada olhar dela de encantamento!)...E cruzeiro que fiz pelo caribe..".

quinta-feira, 4 de novembro de 2010

Viajando de carro

Ok, a gente escreve muito sobre viagens internacionais, para outros estados... mas e aquela viagenzinha básica, para a serra ou para a praia, que fazemos de carro, como fica...! Meu apelido na família é Toniquinha - uma homenagem ao cidadão que morava na cidade do meu pai em Minas e que quando surgiu o carro no Brasil passava horas sentado na praça central para pegar uma carona. Não importava o lugar, Toniquinho Garcia entrava e seguia viagem. Eu sou assim. Se me chamar, eu vou. A boa notícia é que meu filho Luca é igual a mim, adora mudar de ares. Já a minha filha Diana é igual ao pai: nenhum lugar é melhor do que a própria casa. Portanto, viajar de carro com ela é um suplício, acho que sempre será. Mesmo assim, não vou ceder; quando dá, vai todo mundo para a estrada com a Toniquinha Garcia. E eu venho colecionando algumas dicas para tornar o sofrimento meu e da Diana um pouco mais suportável.

1) O DVD portátil garante alguns minutos de paz, pelo menos na saída da cidade;

2) Quando bebê, chupeta, mamadeira, paninho, tudo permitido e liberado;

3) Saquinho plástico para enjoos são obrigatórios, assim como fraldas e roupas extras à mão;

4) Lanchinhos. Para evitar as paradas, tanque de gasolina cheio e biscoitos na bolsa. Bala, também, tudo pela boa convivência;

5) Brinque de soletrando. Até hoje me lembro de quando meus pais me pediam para ler as placas na estrada;

6) Comece uma história e peça para seus filhos continuarem a contá-la;

7) Para cada meia hora sem perguntar "quanto tempo falta", um real para cada criança. O que são dois picolés perto do silêncio;

8) Se nada disso ajudar, feche os olhos, grite alto, desabafe, não sinta culpa - e espere o momento em que monstrinhas viram fadas, a correr pela praia, pelo gramado, a sorrir e a te dar beijos de comercial de Doriana.

Gramado e Canela, com Luca e Diana

Eu tinha ido a Gramado em julho de 2000, quando achava que precisava emagrecer. Imaginem só, parece brincadeira: pesava 57 quilos. O Kur foi certamente um dos hotéis mais lindos em que já fiquei. O spa é uma delícia, são 1000 calorias diárias de uma cozinha de altíssimo nível, recomendo muito, até para descansar a cabeça.

Dois filhos depois, alguns quilos a mais e uma dieta sempre em andamento, voltei a Gramado em 2008, antes de passar o Natal com a família do meu marido, em Passo Fundo. Que delícia, rever a cidade e a vizinha Canela com Lúcio e as crianças. Era como se a gente estivesse desembarcado na terra do Papai Noel. Tudo tem a cara dele nessa época. Faz muito calor durante o dia, mas à noite o clima é de serra, super agradável. Segue a minha lista de "top ten" que trouxe na bolsa, para quem um dia quiser ir até lá:

- As hortênsias, na beira da estrada, muito azuis;

- Comida caseira no fogão a lenha no Lá Em Casa, restaurante de Canela, atrás da Casa de Pedra, uma dica preciosa de um amigo gaúcho;

- Espaço temático e loja dos chocolates Caracol (http://www.oreinodochocolate.com.br/) - não deixem de tomar um chocolate com vista para as montanhas;

- Jantar no La Caceria, restaurante de carnes de caça do tradicional http://www.hotelcasadamontanha.com.br/ em Gramado - o risoto de coelho com fungui é inesquecível;

- Parque do Caracol, para ver a Cascata do Caracol no http://www.observatorioecologico.com.br/, fazer trilhas difíceis e leves - até a Diana encarou (!), longe do colo em 96% do trajeto;

- 45 minutos nas alturas no http://www.canelateleférico.com.br/ e uma aventura de tirolesa depois;

- Feito por Nós (Av Osvaldo Aranha 273), em Canela, para comprar lembrancinhas com cara de antigamente;

- Santa Composição, para ver uma moda com um pé em São Paulo, outro no Rio e um braço em Canela;

- Fantástica Fábrica de Natal, um dos muitos espetáculos do http://www.natalluzdegramado.com.br/, uma peça de padrão Broadway ao ar livre, perto do Lago Negro. Não é cafona, não é chato, é lindo mesmo;

- Um passeio pelo centro iluminado de Gramado e Canela, para ver as lojinhas e a doce decoração;

- Um galeto e uma sopa de capeletti do Mamma Mia, um rodízio bem servido e caseiríssimo.

De todas as aventuras, a tirolesa no parque do teleférico foi a que me deixou mais apreensiva. Olhar o Luca deslizando por mais de 150 metros, longe do chão, a uma velocidade muito alta, sei não. A Diana, depois que viu o tranco que o irmão levou, na chegada, para frear, começou a reclamar. Só ali ela se deu conta do perigo. E reclamou mais quando o pai desceu em seguida. Acho que, dos quatro nessa família, ela (que tinha acabado de fazer dois anos) foi a que demonstrou mais responsabilidade naquele momento. :-)

Comer Beber Amar. Depois das duas noites fantásticas entre Gramado e Canela, seguimos para Bento Gonçalves - uma das pontas do Vale dos Vinhedos, a 120 quilômetros de Porto Alegre. Passamos um dia dirigindo por lá, mas poderíamos ter ficado bem mais. O lugar é mágico.

Visitamos duas vinícolas bem diferentes: a pequena http://www.donlaurindo.com.br/ e a conhecida http://www.miolo.com.br/. Me pareceu a escolha perfeita porque apesar de a degustação da primeira ter sido inesquecível (uvas Tannat, Ancelotta, espumante Brut), a visita da segunda foi mais didática, mais interessante.

Descobrimos, por exemplo, que os parreirais da Miolo são verticais como os europeus porque as uvas precisam de muito sol o tempo todo e são específicas para vinhos, não para o consumo comum. Descobrimos que o vinho RAR foi encomendado por um gaúcho apaixonado, que queria celebrar os 50 anos de casamento com a mulher de sua vida com uma produção especial, feita a partir de uvas plantadas em suas terras. Que o 43 de 2005 só chegaria às lojas em 2010 e que era aguardadíssimo. Que o espumante Milesime recebeu 90 pontos em um ano em que empatou com a Veuve Cliquot, que tal?! Enfim, dava para passar o dia todo ali, conversando, aprendendo, sorrindo...

Mas, a gente tinha de seguir para Passo Fundo e de fato as vinículas não são lá muito interessantes para as crianças -mas eis a lista de possíveis hotéis/pousadas para quem quiser combinar programa de adulto com de criança (isso é permitido de vez em quando, hehe!) pesquisar:

- http://www.borghettosantanna.com.br/ (pertíssimo de Bento, apaixonante);

- ou http://www.spadovinho.com.br/ (em frente à Miolo);


A gente almoçou no Sbornea's, na entrada da Don Laurindo, ao lado do Michellon. Mas acho que a Tratoria Primo Camillo pode ser uma boa opção para quem quiser também fazer a rota dos espumantes em Garibaldi. Eu quero experimentar na próxima. E penso até em consultar a http://www.jushephturismo.com.br/, agência local com serviço de transfers, leva e trás a vinícolas etc. Quem se anima?

Luca e Diana em Gramado, Canela e Bento





De brinde

Eu sempre faço isso. Deixo para o fim a lista o que, para mim, ficou faltando fazer. No caso de Gramado e Canela, para que ninguém repita os meus erros, eu diria que ainda faltou...

 ...tomar um típico café colonial, ir ao Alpen Park - um imenso parque de diversões -, conhecer o Mini Mundo no centro de Gramado, ir a mais um espetáculo do Natal Luz, andar de pedalinho no Lago Negro, conhecer todas as lojas de chocolate...

Enfim, eu ficaria tranqüilamente três ou quatro noites por lá. Mas, no fundo, Luca e Diana estavam loucos para encontrar os primos em Passo Fundo-RS. E assim a gente vai ter de marcar outra visita!

quarta-feira, 3 de novembro de 2010

Internet

Nunca, jamais, embarque em qualquer viagem sem antes consultar a internet. Imprima mapas, telefones, horários de funcionamento. Os sites oficiais são sempre os melhores guias.

Viagens internacionais, by Flávia G. Brasil

A Flávia é médica, casada com médico. Juntos, os dois levam na bagagem a filha Letícia de cinco anos e uma receita eficaz para qualquer viagem feliz: bom humor e disposição. As ótimas dicas abaixo são dela.

Identificação: ao invés do cartãozinho no bolso, fazemos crachás; as crianças adoram e se sentem importantes. Fica também mais fácil para um adulto que queira ajudar porque a gente ensina o que eles devem fazer (mostrar o cartão para uma adulto uniformizado etc...), mas quando se perdem, só choram.

Comida: só tivemos coragem de começar as viagens internacionais depois que nossa filha passou a comer hambúrguer e batata frita (porque Mc Donald’s tem até nos quintos dos infernos).

Avião: separo uma mochilinha pequena e digo que tudo o que minha filha quer levar deve caber ali; pode ser qualquer brinquedo, mas tem que ter bloquinho e canetinhas. Na minha mochila não falta I-Pod, incluindo umas 10 músicas que ela gosta de ouvir, copo de plástico com tampa, remédios, lenço de papel, álcool gel, band-aid, lenço umedecido, uma pomada de Calêndula que serve para qualquer coisa (assadura, ralado, coceira, enfim...) , uma boa almofada e (sempre) uma muda de roupa e um casaco.

Remédios: meu marido diz que eu posso fazer até uma cirurgia cardíaca dentro do avião por causa da quantidade de remédios que eu levo, mas tudo cabe dentro de um Zip Lock conforme as normas de segurança. Levo antitérmico, analgésico, remédio para dor de ouvido, colírio, antiespasmódico (para cólica/dor de barriga), antialérgico, supositório de glicerina, termômetro e, quando viajo para fora, também levo antibiótico. Ah! Esqueci das pomadas (para assadura e um creme com corticoide para reações alérgicas).

Carrinho : minha filha já é grande (tem quase 6 anos) e eu descobri que a melhor maneira de fazê-la andar sem reclamar ou pedir colo é viajar acompanhada de crianças de idades próximas. Temos viajado assim e as crianças dão muito menos trabalho (e todo mundo se diverte mais). Mas se este não é seu caso e a viagem é para lugares com aeroportos enormes, com voos chegando no meio da madrugada e passeios com muitas caminhadas, recomendo levar o carrinho já daqui do Brasil. Eles vão com você até a porta do avião e, em geral, se pega no mesmo lugar. Facilita bastante.

Tempo para as crianças brincarem no hotel: parece bobagem, mas as crianças gostam muito de ficar no quarto do hotel brincando com suas coisinhas novas; reservamos um tempo do dia para que elas façam isso. Passear de 8 às 20 horas é muito cansativo. Costumamos ou sair mais tarde ou voltar mais cedo, para elas poderem pular nas camas, tomar banho de banheira, colorir etc...

Flávia e Letícia, Paris 2010

Sempre Paris: abaixo o preconceito!

A Flávia conta que a primeira vez em Paris com a filha Letícia foi uma experiência surpreendente. Em todos os museus, a família teve prioridade na fila por causa das crianças (de 5 a 9 anos). No metrô cheio, teve sempre alguém que se levantou para que as crianças (pasmem!) pudessem sentar - e toda vez que ela pediu um prato para dividir ou qualquer substituição no cardápio por causa da crianças, o grupo foi atendido com extrema gentileza.

"Em qualquer passeio, usamos a tática de tornar o 'chato' em divertido. Funciona assim. Quando a gente entrava em um museu dizia: – Quem achar nesta sala um quadro com uma moça de vestido azul ganha um ponto, mas não vale correr, nem gritar”. No fim no dia, os pontos se transformavam em sorvetes ou chocolates e estava tudo certo.

P.S. das autoras do blog: De novo, o bom humor e a disposição. Certa vez, uma amiga do trabalho comentou que outra colega nossa vivia reclamando do mau humor do novaiorquino. "Mas, também, Fulana está sempre de cara amarrada, ninguém vai querer sorrir para ela!" Fato. Para que sejamos bem tratados, é preciso ser educado, gentil e estar aberto a novidades.